segunda-feira, 18 de março de 2013

Arte de Criar Adereço de Terror


As festas de Halloween só começam em outubro, e o nosso Carnaval já se foi. Contudo, sempre se pode ter tempo para criar coisas bacanas sobre estas festas. No caso quem é fã do universo dos filmes de terror (como eu, por exemplo) pode se divertir com o desenvolvimento de maquiagem de filmes e também com a criação de cenário.
Existe um programa super legal que passa na TV á cabo chamado de Face/Off. Uma especie de reality show onde concorre quem faz a maquiagem de monstro mais bacana. O programa é super instrutivo e mostra os bastidores de como são feitas as maquiagens de personagens icones como Jason ou o Freddy Kruegger.
 

No caso eu exponho aqui a minha criação :  A cabeça de um bebê todo flagelado. A obra é feita a partir de boneca de borracha e costumizada com durepox, plástico, acrílica, massa de modelar e esmalte. Para quem curte pode ser um adereço de fantásia ou enfeite para se colocar em casa (ha quem goste!).
Instruções:
- arranje uma cabeça de boneca velha ( aquelas que parecem um bebê são as mais legais para se trabalhar por tentarem passar um ar de simulacro de uma criança de verdade);
- misture o durepox e faça feridas e lacerações no rosto da boneca (uma boa dica é olhar estes livros ou imagens de internet que mostram cadaveres em estágio deplorável . Tô brincando hein!);
- depois pinte as lacerações  com esmalte e se quiser misture com tinta acrílica ( quanto mais vermelho e brilhante, melhor pois se parecerá com ferida de verdade);
-depois deixe secar e aí se alguem achar nojento ou feio quer dizer que deu certo!


sábado, 16 de março de 2013

Sessão Quadrinhos: Heróis Endemôniados

Geralmente o sinônimo de herói está conectado a luz, a bondade e a honestidade. Para muitas pessoas o herói é puro altruísmo e amor. Do Super Man até o Homem-Aranha, o herói tem que ser o cara que salva a pátria e ainda fica com a mocinha no final da história e tem a pinta de galã de novela. Claro, que nem sempre esta imagem pode ser vista como definitiva. Talvez, pela nossa herança vinda dos mitos dos semi deuses gregos, a imagem do invulnerável e do apolineo herói galã e forte ainda esteja entranhado em nosso incosciente coletivo.
É talvez, para quebrar as regras é que surgem os 'anti-heróis', ou heróis que nem de longe refletem esta imagem de bondade, ingenuidade e luz. No caso eu pesquisei e encontrei alguns personagens de quadrinhos que tem como caracteristica a feiura, e por mais polêmico que seja um pezinho no Inferno! Quem diria que um dia o mundo da fantásia produziria os chamados heróis endemôniados que fazem sucesso com as galeras:


Devilman
Este foi o primeiro personagem de quadrinhos que tem como principal caracteristicas ter poderes vindos do Inferno. Devilman surgiu da mente insana do desenhista de mangá Go Nagai e com muito sucesso virou anime em 1972. Trata-se da amizade e luta entre dois amigos (Akira e Ryo). Akira é timido e covarde, enquanto Ryo é corajoso e forte. Um dia Akira recebe poderes fornecidos pelo Inferno e se torna o temivel Devilman ( um demônio que pode destruir a Terra e que tem que matar outros demônios e monstros) para piorar as coisas Ryo é na verdade Lucifer. Segundo uma profecia os dois amigos terão que lutar para ver quem fica de posse do Inferno e poderá no futuro destruir a Terra. O personagem virou desenhos e até um filme que pode ser encontrado na internet.


Constantine
É um dos personagens mais bacanas de Hq de terror. O personagem já virou filme e é o principal representante dos quadrinhos adultos da DC Comics. Johnn Constantine é um ocultista (bruxo) que vive se metendo em confusões sobrenaturais devido um pacto que fez com o Diabo. Para não ir para o Inferno ele trava luta contra monstros e seres de outro mundo. Frio e mal carater, Constantine nem de longe sonha em ser um herói bonzinho e por isto, suas histórias são recheadas de critica ao politicamente correto e aos costumes do mundo pop.

HellBoy
 O 'garoto infernal' como diz o titulo é um outro personagem bizarro e louco dos quadrinhos atuais. Criado pelo desenhista e roteirista norte americano Mike Mignola em 1991 para a Editora Dark Horse, HellBoy tem como caracteristicas físicas o corpo de diabo com chifres cortados e uma mão direita feita de pedra. Todo vermelho e assustador, HellBoy resolve misteriosos casos que envolvem monstros e outros seres abissais. Trabalhando como um agente secreto de um grupo que procura preservar a humanidade, HellBoy tenta ser o mais humano possivel e até namora uma garota. Porém, como é muito feio as pessoas tem medo e o tratam como inimigo.

Motoqueiro Fantasma
Apesar dos filmes atuais o Motoqueiro Fantasma surgiu pela primeira vez em uma revista em 1972, pelo traço do desenhista MIke Plogg e os roteirista Roy Thomas e Gary Friedrich, para a Marvel Comics. Muitos afirmam que o personagem era uma reivenção de um antigo personagem que a Marvel tinha e não fazia sucesso na época. Na saga do Motoqueiro ele é Johnny Blaze um acrobata que faz malabarismo com motocicleta e que não se conforma com a morte de seu pai. Mefisto ( um demônio que faz desejos) promete para Blaze que seu pai não será tocado pela morte se ele fizer um pacto dando a sua alma em troca. Assim, Johnny Blaze vende sua alma ao Diabo e se torna o Motoqueiro Fantasma com sua aparência cool de caveira flamejante e jaqueta preta.


Spawn
O Spawn (cria do Inferno) surgiu em 1992 pelas mãos e roteiro do desenhista Todd Mcflane. Principal representante do que parecia ser a revolução dos quadrinhos dos anos 90 promovida pela Editora Image. A saga do personagem é uma mistura de Dívina Comédia com Devilman, conta a história do agente do governo chamado Al Simons, que passa boa parte de sua vida matando pessoas. Um dia graças a traição do governo Al Simons é morto. O pior vem depois, ele para no Inferno para pagar por todos os assassinatos que cometeu. Lá ele conhece um terrivel demônio chamado de Malebolgia, que lhe promete restaurar a sua vida desde que este comande uma horda de demônios contra a humanidade e o Céu. No fim, Al Simons vira o Spawn e na Terra ele tem super poderes e luta contra monstros e anjos.

domingo, 10 de março de 2013

A Galeria do Grotesco

Estou de volta com a galeria do grotesco, no caso são os meus trabalhos. Para os que gostam ou se identificam com o que eu faço peço que mandem recados e que possamos trocar ideias e se quiser enviar fotos de seus trabalhos para eu postar no meu blog tô aí (já que o importante é a troca de informações entre nós fãs da arte e de linguagens como cinema, gibi...). Posto os meus últimos trabalhos em durepox, costumização e desenhos. espero que gostem:

sábado, 9 de março de 2013

Contando uma historia

O MENINO QUE VISLUMBRAVA MONSTROS
©2013 Paulo Af.
Esta obra é uma ficção, não tem dados históricos oficiais reais e todos os personagens são fictícios, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência
CAPITULO IV
A escola Rainha da Paz estava agora em um novo alvoroço: a Semana de Artes começava. Nesta semana os alunos mostrariam os seus talentos, assistiriam filmes e peças de teatro. Como tomava todo o horário de aula as crianças vinham em peso para a escola e se divertiam bastante. Lógico que nem todos os alunos gostavam da Semana de Arte e até alguns pais reclamavam alegando que os meninos tinham é que ter aula com livros e quadro e não ficar pintando e desenhando.
Alguns alunos como o Pedrão, por exemplo, detestavam a Semana de Artes e queriam mesmo uma oportunidade para provocar alguma confusão. Kaué, ao contrário dele, apoiava e por que não dizer se sentia bem em meio o ambiente que transbordava tanta arte e criatividade. Participava de todas as oficinas (desenho, pintura, gravura, escultura e poesia) mesmo sendo visto como problemático na aprendizagem por ser TDH.
Concentrava-se nas tarefas e se se esmerava como ninguém nas oficinas produzindo lindos trabalhos de arte. Os professores sempre acabavam colocando os seus trabalhos no mural e elogiando seus múltiplos talentos artísticos.
No último dia da Semana houve uma apresentação de uma peça de teatro. Uma trupe foi apresentar uma peça do Ariano Suassuna. As maiorias dos alunos jovens costumam rejeitar as apresentações por acharem menos interessantes que cinema 3D ou vídeo game.
Kauê é uma das parcelas de alunos que adora teatro e foi prestigiar a peça. A sala estava escura quando ele chegou e somente uma luz zenital clareava o palco. Devido à quantidade de cadeiras vazias o silêncio imperava no recinto. Kauê aproveitou o vazio da sala para escolher um bom lugar e viu então, uma poltrona vazia na fileira da frente. Para a sua surpresa Izabel estava sentada lá. Pensou consigo: ‘posso sentar ao lado dela e quem sabe conversar’.
Sem muito alarde sentou próximo da garota que parecia não tê-lo notado de inicio. Passados alguns minutos ela finalmente percebeu a sua presença, sorriu e começou a lhe falar:
- E aí kauê! Veio ver a peça também?
- Oi... Izabel! Eh... Você também tá aqui!?
- claro, eu não to falando contigo, cara?
- Ah! É mesmo. Você gosta de teatro?
- Pô meu é o maior barato! Cê gosta?
- Demais, cara!
As luzes então apagaram e em seguida a peça começou: figuras de homens e mulheres fantasiadas de personagens estranhos dançavam, cantavam e recitavam no palco. A luz zenital seguia os movimentos de cada personagem e o riso e a satisfação transpareciam nos rostos que assistiam a peça.
Kauê não tirava o olho das cenas e com seu jeito afoito se animava cada vez mais com a peça de teatro. Naquele momento ele se imaginava como um dos atores e também imaginava Izabel ao seu lado brincando de interpretar personagens. Depois de meia hora a apresentação terminou. A menor platéia aplaudia entusiasmada os atores. Por fim, o elenco agradeceu ao público. Um deles vestido com uma roupa dourada e usando uma máscara africana e de voz empostada se despediu de todo mundo junto com seus companheiros de palco.
Na saída do teatro, Kauê tentou continuar a conversar com Izabel, porém ela já tinha desaparecido. Preocupado, ele olhava para todos os lados e nada da garota. A tristeza veio em seu coração e mais uma vez Kauê perdeu a oportunidade de ficar um pouco mais com sua paixão platônica.
Nem bem o garoto cabisbaixo estava saindo ouviu uma voz cavernosa lhe chamando:
- Kauê, espera um pouco!
Kauê não reconheceu a voz, então virou o rosto rapidamente para ver quem era. Ficou surpreso em ver que quem lhe chamava era um dos atores da peça que acabara de assistir. Meio tímido ele foi então falar com o ator que estava usando ainda a fantasia e uma máscara:
- O senhor me conhece?
- Claro, quem não lhe conhece!? De onde eu vim você é muito conhecido, todos falam de você!
O garoto abriu um sorriso de franqueza e ao mesmo tempo com o olhar espantado foi logo falando:
- É mesmo! De onde o senhor veio, posso saber!?
- Eu vim de um lugar que você não deve se lembrar agora, mas deveria visitar de vez em quando.
- Eu não sei do que o senhor está falando. O senhor conhece a minha mãe?
- Não se preocupe eu te trouxe um presente.
O ator então, fez uns movimentos como de mágico com as mãos e do nada fez aparecer um par de óculos. O menino olhou a mágica e meio que admirado perguntou:
- Como é que você isto?
- Oras, é mágica! É um presente que fiz para você, pegue!
O menino recebeu o par de óculos, contudo não era um par de óculos qualquer. Eram os chamados óculos 3D, daqueles que se usa no cinema para ver os filmes. Aparentemente a lente vermelha e azul não pareciam ter nada de especial. Kauê olhou com desdém e então disse para o ator:
-Eu já tive um destes.
O ator retrucou:
- Estes são diferentes! Coloque diante dos seus olhos e verá!
Kauê pôs os óculos no rosto e então algo estranho começou a acontecer: inicialmente tudo ficou escuro como se fosse noite e então um clarão apareceu como se fosse um sol. O brilho do sol era intenso, mas não o suficiente para cegar. Kauê viu que a escola não estava mais diante dele e no lugar dela aparecia uma enorme porta de ferro.
Quando o menino tirou os óculos para dizer assustado o que viu notou que a escola estava no lugar e que o ator que havia lhe dado o presente sumiu! Algo estranho estava acontecendo e Kauê tentava saber o que era. Colocou os óculos no bolso e saiu assustado da escola.