A Feira do Livro terminou, mas é agora que podemos ver o resultado. Fui e posso dizer que gostei da feira deste ano. As stands de leitura infantil aumentaram, o que é bom para as crianças, tinha muita atração variada. Infelizmente o preço de alguns livros ainda estavam nas alturas (tinha best seler que estava caro na feira e se você procurasse nas lojas ou em super mercados eram muito mais baratos!). Ainda bem que tinha muito sebo.
Foi em um deles que matei a minha sede por leitura e achei uns gibis bem legais da década de 80 e 90. Pois é, nada de novas edições dos Vingadores ou do Batman. O que eu queria era matar a minha saudade de revistas velhas com cheiro de mofo e de criatividade de um tempo já perdido e, se não falar datado.
Saí da feira com a edição revolucionaria do Batman- Digital Jutice (para muitos a grande revista gerada por computador). Também comprei uma revista de Curitiba chamada de Historieta, cheia de trabalhos de antigos desenhistas brazucas e algumas edições da Penthouse (não a revista pornô, e sim uma edição de ficção cientifcia nos moldes da revista Heavy Metal).
Foi folheando as paginas do gibi computadorizado do Batman que percebi como o tema do mundo Cyber Punk era forte nos anos 80. Para quem não conhece o termo, Cyber Punk é toda a história ou cultura que fala de um futuro distante e não muito promissor para o homem. Dizem que tudo começou com o escritor William Gibson quando lançou sua obra de ficção chamada de Neuromancer.
Geralmente no mundo cyber punk, a sociedade vive entre dois extremos: um mundo cheio de avanços tecnológicos e ao mesmo tempo grandes cidades super populosas e violentas, cheia de repressão social e o uso de drogas sintéticas que deixam a população fora do controle. Com certeza você já viu cenas como estas em filmes como Blade Runner, Matrix, Exterminador do Futuro, Mad Max, Robocop...
Basicamente o cinema de ficção vive as custas da cultura cyber punk. Nos gibis dos anos 80, principalmente nos europeus, é comum histórias de gangues ou delinquentes que lutam contra governos em um mundo totalitário e cheio de tecnologia moderna. Alguns quadrinhos viraram verdadeiros icones como fonte do que é o mundo cyber punk para os que não conhecem, como o mangá Akira de Katsuriho Otomo; Ranxerox de Liberatore e Tamburini; A Era Metalzoica de Pat Mills e Kevin O´neill e Gene Kong de Pepe Moreno. ( o mesmo que fez a revista computadorizada do Batman).
Em todos estas obras que citei além de heróis como oJuiz Dredd, existe muita violência urbana, muita gente vestida de punk e corte de cabelo moicano ( viu de onde o Neymar tirou o visual dele), botas cano longo e muita citação de musicas de bandas como The Clash, Joy Division, Iggy Pop, The Cure, Echo & The Bunnyman e outros representantes do rock gótico e punk!
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