sábado, 25 de junho de 2011

Sessão Quadrinhos: Batman X A Garagem Hermética

     
Eu já relatei o meu apresso aos quadrinhos neste blog. De certa forma foi o fascinio pela arte sequencial que me fez gostar de artes . Quando criança eu escrevia e desenhava minhas próprias estórias, na maioria das vezes me inspirava em personagens de seriados japoneses tipo Espectreman ou Jaspion do que nos herois norte americanos. O porque deste fato nem eu mesmo sei explicar, a primeira revista que li aos meus sete anos foi uma edição do 'Capitão América' em 1979. Um personagem totalmente propaganda dos EUA. Depois veio o Homem-Aranha, o Super Man até chegar na inocência de uma Turma da Mônica e Recruta Zero.
    
De repente assisti na tv os desenhos do Speed Racer e os monstros de borracha esmagando maquetes no seriado do Spectroman. Cara! Aquilo era totalmente surreal e divertido. Nada de bandeira americana tremulando no vento ou vilões com planos malevolos para assaltar um banco. Tudo se resumia em mostrengos radioativos destruindo prédios e robos gigantes (os Transformers não são nenhuma novidade).

Depois de ver desenhos e seriados japoneses comecei a desenhar as minhas proprias revistas (cheguei a desenhar e escrever no mínimo umas 20 ou 50 na infãncia). Tudo era simples e bem movimentado os roteiros eram super pobres e o negocio era desenhar os herois esmurrando os bandidos sem dó ou piedade!
Na adolescencia meio que cansado de ler os gibis de super-herois, um amigo me apresentou aos quadrinhos chamados adultos. Foi quando conheci o Conan o simério violento e de poucos amigos e as revistas européias da Heavy Metal. Um véu caiu dos meus olhos: mulheres sensuais, aventuras em outros planetas ou dimensões paralela, surrealismo e muita temática existencialista!
Os quadrinhos europeus eram e são tudo aquilo que os gibis americanos deveriam ser: inteligentes e quase obras de arte em celuloide. Personagens como Ranxerox, a tentadora Drunna e os contos surreais da Garagem Hermética deixam o Homem-Aranha e suas desventuras no chinelo! Fora a qualidade grafica e dos trabalhos artisticos de caras como Moebius que de tão fantásticos enfluenciaram os filmes norte americanos em estética como no filme Blade Runner e Robocop.

Hoje em dia o cinema tenta capturar a estética dos quadrinhos seja em filmes com 300 ou SinCity, de toda forma existe um mundo muito além de mutantes e fantasiados voadores.

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