domingo, 27 de março de 2011

Sessão Egotrip: viagem psicológica no cinema

Recentimente ví dois filmes que superficialmente eram diferentes porém, de conteúdo eram semelhantes. Trata-se de 'Cisne negro' e 'Sucker Punch: Mundo surreal'. O primeiro filme dirigido pelo diretor americano Dan Aranovisky diz respeito de uma bailarina tímida e super protegida pela mãe que se transforma em uma mulher liberada após confrontar o seu lado mais sombrio (o cisne negro do título). O filme inteiro trata da relação submissão e liberdade usando a metáfora do cisne branco/cisne negro e o ballet como símbolo da vida onde dançar significa ser livre e menos metódico.
       
Já o segundo filme dirigido pelo diretor Zack Snyder e que está em cartaz nos cinemas tem como história  o drama de uma garota que é colocada em um sanatório pelo padrasto que queria violenta-la. Para não enlouquecer a menina cria em sua mente um mundo fantástico onde mais se parece com um jogo de videogame, cheio de ação e aventura. A viagem neste mundo surreal resultará na busca pela liberdade do sanatório e do mundo opressivo.

Não é de hoje que o cinema tem como tema a psique do individuo. A busca do que é ser humano e seus desejos e medos mais profundos. 'O Show de Trumman' não era somente sobre reality show's mas, antes de tudo do homem oprimido por um sistema invisivel que quer se libertar.

Leonardo Dicaprio estrelou dois filmes recentes muito interessantes: 'A Ilha do Medo' de Martin Scorcese e 'Origem' de Christopher Nolan. Em A ilha Dicaprio acredita ser um investigador de um crime que se passa em um presidio. Na verdade tudo não passa de um teatro que ocorre em sua mente como uma experiência psiquiatrica para ele assumir o crime que ele cometeu no passado.

Em 'Origem' a viagem no mundo dos sonhos acaba sendo um confronto de crises existenciais símbolizados por labirintos, brigas de pai e filho e a aceitação da morte das pessoas que amamos.
Outro filme bastante psicológico é 'Clube da Luta' de David Finscher, na qual um jovem executivo submisso ao mundo moderno e consumista explode em desejo de destruição e anarquia quando releva seu alter ego violento.
  
'Alice no País das Maravilhas' de Tim Burtom, também usa imagens surreais para discutir a liberdade e a submissão do individuo diante de um mundo controlado e tido como perfeito.
A lista é enorme. Contudo, estes filmes já valem uma conferida porque são ótimos para assistir e discutir aquele papo cabeça com a galera. Deixo como dica de leitura o livro de Julio Cabrera 'O Cinema pensa' da Editora Rocco e 'Linguagem Cinematografica' de Marcel martin da editora Brasiliense.

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