quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Escultura no campo mais que ampliado

Recentimente tivemos a exposição "Corpos", talvez a mais importante de 2010. Nesta exposição além de termos contato com orgãos preservados através da moderna técnica da plastinação, podemos perceber como a relação escultura e corpo humano se estreitou de forma nunca vista. Quando auguste Rodin celebre criador da obra o 'Pensador' expôs suas primeiras esculturas ainda jovem, disseram a ele que suas obras eram homens pintados, uma farsa!

O que diriam agora os criticos de Rodin se tivessem tido contado com a exposição "Corpos"? Com certeza ficariam horrorizados. Aliás, a reação de muitos que foram ver a exposição. Mais não foi isto que sempre motivou os artistas, se não copiar a natureza a tal ponto de  se confundir com ela? O mito grego de Pigmalião ( escultor humilde que queria ter uma companheira e que por isto fez-se para si uma de marmore e que depois esta ganhou vida graças a deusa venus) exemplifica o desejo do ser humano em tentar criar algo vivo como ele.

Desde as primeira esculturas primitivas até os robos construidos por mais alta tecnologia, o homem quer superar o ato de transformar a materia (seja argila, marmore, bronze ou sucata) em uma copia de si mesmo.
Deixo para sugestão a leitura da obra "Caminhos da Escultura Moderna" da escritora Rosalind E. Krauss. Um livro que tenta um olhar muito além da técnica para se entender o mundo das esculturas.

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